quarta-feira, 8 de setembro de 2010


Queria não me importar (tanto) com a opinião dos outros, mas infelizmente me importo e certas palavras ditas chegam a mim como uma flecha e me acertam de tal modo que fico realmente muito triste.
Uns dizem que sou anormal, outros que quero parecer anormal, mas a questão é quem nem eu sei quem sou. E já que eu, que sou dona das minhas vontades não sei, quem é você para saber? Não quero ser definida, nem entendida, quero ser apenas eu. Com todas as minhas falhas e virtudes, estou farta de críticas que não sejam construtivas.
Estou FARTA!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

mundo novo

Daqui há algumas horas as tão esperadas aulas na Facom começam. Esperei muito por isto, pelo momento em que me sentiria (e seria) de fato uma faconiana. Dois mil e nove foi um ano de muito esforço, principalmente no que diz respeito aos estudos de matérias exatas e aos shows que não pude ir por conta do bom senso que imperava estranhamente sobre mim. Passado todo o esforço, todo o tédio que foi ter ido fazer aquelas benditas provas e sair de lá quase morta de tanto pensar, pude respirar aliviada ao receber uma ligação me dizendo que passei na Universidade Federal da Bahia (muito obrigada, Eliana!). É obvio que chorei, gritei, pulei e lembrei de D. Hilda, a vontade de receber um abraço dela foi imensa, mas sabia (e sei) que ela está mega feliz, de onde ela está.
Aos 13 de dezembro de 2010, postei um texto aqui em que relatava que sairia da Unijorge para voltar para o cursinho pré-vestibular. Pedi que não me entendessem, apenas respeitassem a minha decisão,estava indo atrás do que eu achava que seria o melhor para mim. Agradeço àqueles que me deram palavras de apoio, que só com um olhar me diziam que estavam torcendo por mim. Não me arrependo de nada que fiz. Ter feito dois semestres de jornalismo em outra instituição só me fez crescer e conhecer pessoas maravilhosas, hoje sou o que sou por conta das experiências vividas anteriormente.
E agora ansiedade impera sobre mim. Quero saber o quê/quem vou encontrar por lá, como vão ser esses 4 anos, enfim, todas aquelas duvidas que temos quando nos deparamos com o “novo”. Mas que fique bem claro, estou super preparada para que vem por aí, nunca fui de ter medo de novas experiências.
Enfim, esse texto é só para expressar o quanto estou feliz e ansiosa com esta nova etapa da minha vida!
Não desista dos seus objetivos, essa frase é meio clichê, ok! Mas é a mais pura verdade, fazer o quê?
Ficaadica! :)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

cidade provinciana

A primeira capital do Brasil completou em 2010, 461 anos de idade. Muito tempo, hein? Mas a impressão que eu tenho é que aqui ainda guarda muito da província que esta bela cidade já foi. (foi?)
Sei que isso aqui já foi muito pior, não era rota das principais peças do país, nem dos artistas mais requisitados, e de uns anos pra cá isso já vem mudando, mas o que mais me incomoda é que a mente da maioria dos soteropolitanos parou no tempo, estagnou. Posso até me colocar nesse meio, já que faço parte dessa cidade e algumas vezes o simples fato de não fazer nada pra melhorar já é muita coisa.
O que eu sinto é Salvador já deu. Não seu espaço físico, prédios e construções, mas as pessoas que a compõem. Essas queridas, que com suas mentes fechadas vão me enchendo, com seus discursos arcaicos vão me expulsando cada vez mais da minha terra natal. A impressão que tenho é que só vou ser eu de verdade quando sair dos muros soteropolitanos, ultrapassar essas barreiras.

terça-feira, 8 de junho de 2010

conto paulista

Av. Paulista, mais ou menos 18h30min, horário de pico, engarrafamento, pessoas tentando voltar para suas casas, os pontos de ônibus super lotados e ela está ali. Linda, loira, com uma saia de cintura alta que é um luxo. Ela está super distraída, quando de repente o vê. Ele, igualmente lindo, bem vestido em um terno, com uma mochila nas costas, o que certamente mostra que ele deve ser um estagiário, mais um tentando ser contratado.
Eles se beijam, muitas vezes, por sinal e com uma duração grande até. O amor entre eles parece ser incondicional. Pelo menos naquele momento é como se um só tivesse o outro naquele instante. Eles nem ligam para os olhares, que em sua maioria têm uma pitada de inveja. O amor deles exala e contagia. Eles conversam sobre tantas coisas: casa, comida, amigos, festas, futuro, futuro e mais futuro. Eles planejam tantas coisas juntos. Querem casar, ter filhos, uma casa própria, uma casa de praia, um cachorro, um gato e três passarinhos...
O ônibus dela tarda a chegar, por coincidência ou não é o mesmo que o meu, e nesse tempo eles conversam e planejam mais e mais. Até que passa um ônibus que serviria pra ela, a deixaria no meio do caminho e de lá ela pegaria outro, o que faria o percurso ser mais rápido, mas ela desiste e diz que prefere esperar o outro que faz um caminho mais longo mesmo. Porém isso nada tem a ver com o fato de que ela pagaria duas conduções, ela só quer ficar mais tempo juntinho dele, abraçadinhos como estão e conversando. Ele é sábio, a escuta e opina, o que mostra que presta atenção no que ela diz e é exatamente isso que a faz ser tão apaixonada por ele.
Mas eis que o nosso ônibus chega, eles se despedem, ela entra no ônibus, eu entro pouco depois dela, eles se despedem de novo(dessa vez de longe e sem beijos) e ela encontra uma velha conhecida dentro desta condunção, vão conversando até o destino final dela. Ela solta e segue seu caminho e eu fico a olhá-la da janela do ônibus.

sábado, 29 de maio de 2010

Existem cinco pessoas em minha vida que me ensinaram a dizer três palavrinhas super simples. Elas me ensinaram a usar essas palavrinhas fora do convívio familiar (não que as usassem dentro dele com muita freqüência). Nós convivemos por sete anos, nos víamos todos os dias. E ainda tínhamos papos para telefonemas e saídas. Foram anos bons, muito divertidos. Ao longo desses anos, algumas perderam de ano, outras trocaram de turma, mas nossa amizade tava ali, firme que nem uma rocha. Mas até as rochas um dia se quebram ou pelo menos se tornam mais vulneráveis aos fenômenos da natureza. E assim foi com nossa amizade.
O nosso grupo ainda é o nosso grupo, sabe?! Outras pessoas chegaram, ficaram, mas elas são apenas uma ramificação daquele grupo central que éramos ou somos, não sei mais.
Digo não sei mais, por que a amizade não é a mesma, nós não somos as mesmas. As ideologias são outras, as cabeças são outras. E assim fomos nos moldando, nos chegando em quem nos era comum ou pelo menos mais parecido. Ainda nos vemos, não todas juntas, não com uma freqüência exata, mas a gente ainda se encontra pra bater um papo e lembrar das nossas peripécias dos tempos de CPM.
Confesso que pra esse texto sair foi preciso uma cutucada, mas cada palavra dita e escrita aqui veio de dentro do meu coração, onde guardo cada uma delas e de onde nenhuma tem o direito de sair, mesmo com todas as brigas, afastamentos, mesmo com tudo, elas sempre vão estar aqui, dentro do meu coração.

Amo e amo de verdade todas elas. Cada uma na sua individualidade, cada uma com suas maluquices, jeitos, gostos e características que são exclusividade delas e que se não as tivessem acho que meu amor por elas não seria tão intenso. (rs!)

sábado, 22 de maio de 2010

E eis que depois de uma tarde de "quem sou eu " e de acordar à uma hora da madrugada, ainda em desespero. Eis que às três horas da madrugada acordei e me encontrei. Fui ao encontro de mim. Calma, alegre, plenitude sem fulminação. Simplesmente eu sou eu e você é você. É vasto, vai durar.O que te escrevo é um "isto". Não vai parar: continua. Olha para mim e me ama. Não: tu olhas para ti e te amas. É o que está certo.
O que te escrevo continua e estou enfeitiçada.
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(Extraído do último capítulo do livro "Água Viva" de Clarice Lispector)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

de brincadeira.
Quero morrer de amor, só um pouquinho
Quero morrer de prazer, bem devagarzinho
Quero morrer de preguiça, dormindo bem agarradinho
Às vezes é preciso morrer, nem que seja por um dia
Sumir do mapa, esconder-se em casa, trancar-se no quarto
Não ver ninguém, ou quase ninguém
Morrer... morrer... morrer...
Nem que seja de mentirinha!
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Por Val Benvindo