Não adianta, quando não é pra ser, não é pra ser!

Ainda que as suas intenções sejam as melhores do mundo, se o universo não estiver conspirando a favor, nada dará certo. Qualquer coisa, será MUITA coisa. É aí que você tem que ser o mais inteligente possível para não fazer o que já está ruim, ficar pior. 

Só que é aí que não sei o que fazer, por que toda as vezes que eu tento melhorar, apenas agindo corretamente, eu merdo TUDO. Ou merdam por mim. 

Universo, meu querido! Eu já entendi o recado, só me ajude a não deixar tudo mais complicado do que já está, por favor. Te peço, suplico, imploro, rogo. 

eu quero.

Sempre que eu quis, eu quis intensamente, mas a vergonha não me deixava mostra esse querer todo, sabe?! Era um tal de fazer joguinho que eu não cabia em mim de tanta agonia. Queria gritar o quanto queria, mas não podia ou não queria ou não me deixavam, sei lá. Até hoje não sei o que me prendia, por que eu me prendia ou deixava que me prendesse, entende?! Só que depois de tanta picuinha, de tanta agonia, eu decidi querer de verdade. 

Foda-se que ele vai achar que eu estou mega apaixonada. Se eu estiver, ótimo. Se eu não estiver, ele terá dois trabalhos, o de achar e o de desachar. 

desejo.

O corpo dela entra naquela sintonia. Tudo o que Ele quer e fala sua mente imagina, seu corpo pede, suplica, responde. O desejo pede passagem, quer sair do seu corpo. A sua razão implora para que Ela não dê ouvidos àquelas belas palavras que Ela vê na tela do computador, afinal, Ela pensa: - qualquer pessoa escreve qualquer coisa. Mas, não adianta. O corpo dela vai de encontro a este pensamento. Seu corpo pede, clama pelo corpo dele. Ela nunca imaginou isso tudo com Ele, Ele também nunca imaginou isso tudo com ela, mas agora se imaginam juntos, fazendo dos seus corpos um só. Os corpos estão falando mais alto, o desejo está sendo mais forte que tudo. Porém, diante da Razão, Ela sente que aquilo não passará de um simples desejo que não será saciado, uma conversa sincera, cheia de malícia, mas que eles guardarão na memória. 

No próximo encontro eles se cumprimentarão como velhos amigos e este segredo será deles, somente deles. No olhar eles vão saber dos pensamentos, mas somente no olhar.

Cansada! 

Não tenho aguentado mais tudo isso aqui. Qualquer coisa me atinge, não estou sabendo lidar com a falta de comunicação desse mundo. Só quero fugir disso tudo! Acho que está chegando a hora...

Sabe o que é um coração
amar ao máximo de seu sangue?
Bater até ao auge de seu baticum?
Não, você não sabe de jeito nenhum.
Agora chega.
Reforma no meu peito!
Pedreiros, pintores, raspadores de mágoas
aproximem-se!
Rolos, rolas, tintas, tijolo
comecem a obra!
Por amor, mestre de Horas
Tempo, meu fiel carpinteiro
comece você primeiro passando verniz nos móveis
e vamos tudo de novo do novo começo.

Iansã, Oxum, Afrodite, Vênus e Nossa Senhora
apertem os cintos
Adeus ao sinto muito do meu jeito
Peitos ventres pernas
aticem as velas
que lá vou eu de novo na solteirice
exposta ao mar da mulatice
à honra das novas uniões

Vassouras, rodos, águas, flanelas e ceras
Protejam as beiras
lustrem as superfícies
aspirem os tapetes
Vai começar o banquete
de amar de novo
Gatos, heróis, artistas, príncipes e foliões
Façam todos suas inscrições.
Sim. Vestirei vermelho carmim escarlate

O homem que hoje me amar
encontrará outro lá dentro.
Pois que o mate.

(Elisa Lucinda - Safena)

achei!

Relendo o blog, percebi o quanto eu mudei. Deu uma saudade do que eu era, das minhas palavras, da minha assiduidade aqui no blog. 

Depois de passar por poucas e boas nesses últimos meses, venho tentando me encontrar. Ando revirando muita coisa que gostava/gosto para ver se ando escondida em algum desses lugares. Sinto falta de mim! 

Acho que o lugar é este! Tem muito de mim aqui no blog, todas as minhas fases ou quase todas. Toda vez que venho aqui e releio os meus textos, fico com borboletas na barriga, sabe?! É legal ver o quanto eu mudei em alguns aspectos e continuei do mesmo jeito em outros. É sempre bom voltar aqui para voltar ao eixo! Voltar a si, a mim...

Bum!

Ela me confessou que anda tão cansada de tudo, me disse que se sente muda, com vontade de falar, mas muda. Sem saber com quem desabafar tudo que precisa. Ouve tanto e nada fala, as vezes para evitar conflitos e outras por que não pode mesmo. "Isso está me enchendo", ela confessou para mim em segredo. Afirmou ainda que está a ponto de explodir! 

Ela vai embora, abandonar tudo assim que der. Tudo isso está refletindo no seu corpo, na sua saúde e ninguém percebe, nem aqueles que estão sempre com ela, afinal de contas ela está sempre rindo por fora e chorando, berrando, gritando por dentro! Mas, volta e meia está doente. Esses dias fui visitá-la no hospital e ela me recebeu toda chorosa e rogou por um abraço, mas não pude dar. Afinal, ainda não me ensinaram a abraçar a si mesmo.

"Meu santo tá cansado
Não vou dizer que tenho saldo sobrando"

                                   Meu Santo Tá Cansado - O Rappa

e lá outras Africas!

O tempo passa e a minha admiração pelo Bando de Teatro Olodum só faz crescer, meus olhos brilham quando eu vejo as peças deste grupo de teatro. E hoje, dia 20 de março de 2012 não foi diferente. Na verdade, foi diferente sim, a energia deste espetáculo foi totalmente diferente dos outros que já assisti. Vou explicar: 

"Áfricas" é a primeira montagem infanto-juvenil do Bando, a peça conta a história da Africa e dos afrodescendentes  através das suas lendas, mitos e histórias, com o intuito de valorizar a cultura africana. O grupo tem um convênio com o Fundo Nacional de Cultural que prevê apresentações do espetáculo em escolas, cidades do interior e comunidades. Por este motivo, a peça foi apresentada hoje na Senzala do Barro Preto - Sede do Ilê Aiyê, no Curuzu, bairro da Liberdade. E é exatamente aí que tudo se torna diferente, pelo menos para mim que sempre assisti a essa e outras peças do Bando no Teatro Vila Velha (que é um ótimo teatro e eu, por sinal, sou rata de lá!). Assisti ao ensaio e fiquei maravilhada com o que vi e depois ao assistir o espetáculo com tudo no lugar, com todas aquelas roupas, tambores e histórias sendo contadas  ali na Senzala do Barro Preto LOTADA, porra! Foi muito lindo! Foi uma energia sem igual, o arrepio ia e vinha constantemente. Tenho a certeza de que não estávamos sozinhos ali, alias como nunca estamos. A África estava ali, outras áfricas também e tudo o que trouxemos de lá!  

Desde o primeiro contato que tive com o Bando, no primeiro Programa Espelho, até hoje, meu carinho e admiração só fizeram crescer. Quero agradecer a CADA UM dos integrantes do Bando de Teatro Olodum, vocês não tem noção do quanto são importantes para mim e para milhares de pessoas (ou talvez tenham total noção disso, enfim!). 

A Bença, Bando! Axé!