Bela

A história que vou contar agora é toda através da ótica dela. 

Eles se desejaram por muito tempo e de longe, muito longe. O primeiro abraço foi tímido, parecia que cada pessoa ao redor sabia do pecado que estavam cometendo. Mas, foi só a porta do quarto se fechar que os dois deixaram cair todas as máscaras (e roupas!) e realizaram tudo que sempre quiseram juntos. 
Ela se sentiu desejada como nunca fora antes. Ele conseguiu fazer exatamente tudo que ela sempre quis que um homem fizesse, isso sem que ela tenha dito uma palavra sobre seus desejos mais íntimos. Foi uma noite maravilhosa para ela (talvez para ele também)! Ela disse que se sentiu uma atriz de filme pornô, mas não desses filmes trashs e sim daqueles mais elaborados, com um roteiro bacana e uma fotografia bem bonita. Ela se olhava naqueles espelhos e se achava bela. Bela, naturalmente bela. Despidamente bela. Era ela ali. O olhar, o toque, o assopro, o jeito. Tudo! Era tudo como ela tinha imaginado, sem saber que aconteceria com ele. 

Acabou! Naquele beijo tímido de despedida eles sabiam que não mais iam se ver. A realidade é dura e chegou pra ela. Foi puxado pensar que, talvez, nunca mais seria tão ela na cama, que nunca mais seria tão desejada e bela. A mente vai longe agora, longe numa terra que já foi minha um dia. 

e o corpo só eletrizou mais. continua!

elétrico.

eu sinto meu corpo eletrizar quando o vento passa. talvez eu já saiba o motivo, mas prefiro não pensar. mas a verdade é que quando caio em mim já pensei e já lembrei de tudo! ahh, e sinto meu corpo todo amolecer, é como se estivesse perto. sinto a barba roçar meu pescoço, sinto a mão desenhar cada parte do meu corpo. e é tudo tão real! eu fecho olho e pronto, ta tudo perto, tudo acontece! explodo dentro de mim e sei que a energia chega longe, longe numa terra que já foi minha uma dia. 

e a eletricidade no corpo continua.

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claro que eu não quero um homem que me bata, mas eu quero um homem que me domine, sabe?! quero que toda discussão termine na cama, com ele mostrando que tem o controle. quero viver loucamente uma paixão tórrida, cheia de altos e baixos. a realidade é essa! ninguém quer viver um amor de mesmime, rotineiro, onde você sabe exatamente o que o outro está pensando. quer dizer, não sei se tem alguém que queira viver, só sei que eu não quero isso. 

a segurança demasiada termina qualquer relacionamento. quero mesmo é temer o sentimento do outro, andar na corda bamba do amor e no final perceber que nascemos um para o outro. 

era assim com Xangô e Iansã. os dois queriam mandar e se bicavam o tempo todo, mas se amavam e viviam o fogo da paixão, que se renovava a cada dia, para que a chama jamais se apagasse. 

que assim seja!